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EFICIÊNCIA OPERACIONAL NÃO É ESTRATÉGIA

Decidimos trazer parte da publicação da Harvard Business Review, para ampliar a discussão sobre a eficiência operacional e a estratégia do negócio. Sabemos que é um assunto amplo, mas serve de pano de fundo para uma discussão mais abrangente que convidamos a todos para participar.

De acordo com Porter, a infinidade de atividades necessárias para criar, produzir, vender e oferecer produtos ou serviços são as unidades básicas da vantagem competitiva. Eficiência Operacional significa realizar melhor essas atividades – isto é, mais rápido ou com menos inputs e defeitos de fabricação que a concorrência. A eficiência operacional pode gerar enormes benefícios para as empresas, como demonstraram nas décadas de 1970 e 1980 algumas companhias japonesas que aplicaram práticas como gestão de qualidade total e aperfeiçoamento contínuo. Mas, do ponto de vista competitivo, o problema da eficiência operacional é que as melhores práticas são facilmente copiadas. Quando todos os competidores de um setor as adotam, a fronteira de produtividade – valor máximo que uma empresa pode entregar a determinado custo, com as melhores tecnologias, habilidades e técnicas de administração disponíveis - se gera enormes melhorias na eficiência operacional, mas não produz melhorias absolutas para ninguém. E quanto mais análises comparativas as empresas fazem, mais convergência competitiva terão – ou seja, mais difíceis de distinguir serão as empresas.

O posicionamento estratégico busca atingir um diferencial competitivo sustentável para a empresa preservando o que ela tem de particular. Significa desempenhar atividades, diferentes da concorrência – ou desempenhar atividades similares de formas diferentes.


Na prática
O posicionamento estratégico se baseia em três princípios fundamentais:
1 – Estratégia é a criação de uma posição única e valiosa que envolve um conjunto diferente de atividades. O posicionamento estratégico decorre de três fontes:

  • Satisfaz poucas necessidades de muitos clientes (a Jiffy Lube produz somente lubrificantes automotivos);
  • Satisfaz muitas necessidades de poucos clientes (a Bessemer Trust tem como público-alvo somente clientes com grandes fortunas);
  • Satisfaz muitas necessidades de muitos clientes num mercado reduzido (a Carmike Cinemas opera somente em cidades com população inferior a 200 mil habitantes);

2 – Estratégia requer concessões na hora de competir – escolher o que não fazer. Algumas atividades competitivas são incompatíveis. Por isso, os lucros em determinada área só podem ser obtidos à custa de perdas em outra. O sabonete Neutrogena, por exemplo, está posicionado mais como um produto medicinal que como um artigo de banho. Ao dizer não a desodorantes no produto, a empresa abdica de grande volume de vendas e sacrifica eficiências na fabricação. Por outro lado, a decisão da Maytag de estender sua linha de produtos e adquirir outras marcas representou uma falha em realizar concessões difíceis: o aumento de receita ocorreu a partir de uma queda no retorno sobre vendas.

3 – Estratégia envolve “ajustar” atividades da empresa. O ajuste é a forma como as atividades de uma empresa interagem e reforçam umas às outras. O grupo Vanguard, por exemplo, alinha todas as suas atividades de uma estratégia de baixo custo. Distribui dividendos direto aos clientes e minimiza a rotatividade do portfólio. O ajuste provoca vantagem competitiva e sustentabilidade, e, quando as atividades se reforçam mutuamente, a concorrência tem dificuldade em imitá-las. Quando a Continental Lite tentou copiar algumas das atividades da Soutwhest Airlines, mas não todo o sistema de ajustes da concorrente, os resultados foram desastrosos. Os funcionários precisam de orientação para aprender a aprofundar uma posição estratégica, em vez de ampliá-la ou comprometê-la, para estender sua singularidade da empresa enquanto fortalece ajustes entre suas atividades. O trabalho de decidir o grupo alvo de clientes e as necessidades a serem supridas requer disciplina, capacidade de estabelecer limites e comunicação direta. É óbvio que estratégia e liderança estão inextricavelmente unidas.

Considerando este contexto, é imprescindível que as discussões estratégicas continuem e cada vez se tornem mais transparentes e principalmente o posicionamento deve estar destacados para gerar maior engajamento da liderança e do time e, além disso, provocar o reenquadramento dos olhares do negócio para o seu core. Aproveite para comentar em nossas redes sociais qual seu pensamento a respeito, contribua para uma discussão mais abrangente. A estratégia estruturada corta caminhos, promove integração e ajusta o foco. Procure nosso time especializado para ter mais informações para revisitar a estratégia do seu negócio, ou se ainda não existir, para criar essa estratégia e fazer o melhor uso dos recursos disponíveis


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